O processo de criação de uma nova linha cosmética é bem complexo, envolve muita pesquisa e exige diferentes especialistas. No caso do novo Chronos – linha de produtos para cuidados diários com o rosto da Natura - um dos grandes diferenciais do projeto estava no uso de ativos da biodiversidade brasileira. Era preciso adaptar matérias primas nunca antes trabalhadas e coloca-las em um produto. Neste cenário, cada pesquisador teve papel fundamental para tornar o resultado possível.
Nós estamos revelando as diversas etapas dessa história aqui no blog de Natura Campus e agora chegou o momento de falar sobre a atuação da equipe de formulação nesse projeto. Pesquisadora da Natura, Soraya Moura explica em linhas gerais qual é o foco da área: “Nós estudamos o mercado brasileiro e outros mercados mundo afora para entender qual o perfil sensorial esperado pelo consumidor e mais adequado para cada tipo e aplicação de produto. A pele do rosto vai exigir um produto com composição diferente daquele para a pele do corpo, por exemplo. Com o perfil sensorial definido, a área de formulação vai encontrar meios de criar um produto que tenha a atividade esperada, mas também textura, espalhabilidade, cor, brilho, fragrância e acabamento final adequados para o consumidor final”.
No caso de Chronos, a necessidade de utilizar novos ativos da biodiversidade, como o Jatobá e a Casearia, elevou o nível do desafio para o time de formulação. “Existe uma complexidade na proposta de trabalhar com uma matéria-prima que nunca antes foi usada em cosmético e fazer com que, além de funcionar, fique estável e fique gostoso para o consumidor”, explica Joana Miranda, gerente de formulação da categoria de rosto. Era necessário trazer a biodiversidade de um jeito que agradasse também ao sensorial das pessoas e isso se tornou um grande incentivo para a equipe. “As áreas de Ingredientes e de Tecnologias Cosméticas já tinham comprovado que aqueles ativos tinham resultado no tratamento da pele, eles funcionavam bem isoladamente, cabia a nós conseguir tornar o seu uso agradável para o consumidor. Nós queríamos que esses ativos estivessem lá como heróis da história, assinando as linhas, e conseguimos”, celebra Joana.
Desafios no processo de formulação
Mais uma integrante do time de formulação, Fabiana Paes conta como extrato de jatobá – que atua garantindo mais firmeza para pele no Chronos 45 + - mostrou-se especialmente desafiador para a equipe em razão de sua aparência. “O jatobá nos trouxe certa dificuldade, porque ele dava muita viscosidade, e interferia diretamente na textura, espalhabilidade e estabilidade da fórmula. Nós tivemos que fazer um trabalho em parceria com o fornecedor da semente para tratar essa matéria-prima e conseguimos inclui-la no produto, com uma textura adequada ao que a gente buscava”, diz.
Superado o problema com a viscosidade do jatobá, havia ainda a dificuldade em garantir uma proteção contra o fotoenvelhecimento sem comprometer a textura do produto. “A linha Chronos traz um FPS 30 e um FPUVA10, que não são muito comuns em produtos para rosto, pois tendem a trazer um sensorial mais pesado, uma textura mais densa. Precisamos de muitos testes e pesquisas para conseguir trazer a proteção desejada em um sensorial mais leve, podendo ser comparado aos produtos da categoria rosto que contém FPS 15”, relembra Fabiana.
Todo o trabalho da equipe de formulação foi coroado com o lançamento do novo Chronos. “Chronos é uma marca icônica, a primeira do mundo a orientar o portfólio por idades, somos referência nesse mercado. Por isso, esse foi um projeto muito rico, envolvendo todas as tecnologias que a Natura já tinha e impulsionando a criação de novas, um legado de todos os pesquisadores envolvidos no projeto”, reforça Joana.
“Foi um projeto que levou três anos para ser executado, envolvendo uma equipe diversa de pesquisadores, com muita ciência por trás de tudo. Fizemos várias combinações para chegar à equação de ingredientes e fórmula mais adequada para cada ciclo biológico e isso só é possível com muito diálogo com as outras áreas, de Ingredientes, Tecnologias e todos os demais pesquisadores”, finaliza Soraya Moura.
Saiba mais sobre o desenvolvimento do novo Chronos
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