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A semente de uma boa ideia! Confira a entrevista no nosso blog e saiba como o grupo vencedor do Hackathon Ekos: Mãos na Mata chegou ao projeto campeão.

A semente de uma boa ideia

O Hackathon Ekos: Mãos na Mata proporcionou aprendizados e momentos memoráveis para os seus 32 selecionados. Foram quatro dias intensos de troca de conhecimentos, inovação aberta e prototipagem no coração da Amazônia. Para um grupo de participantes, a experiência foi enriquecida pela conquista do título de vencedor da edição.
 
Marcela Porto é estudante de economia e vive em São Paulo. Luiza Voll é publicitária de Minas Gerais. Paulo Paciência, também de São Paulo, e José Neto, de Belém, são estudantes de Engenharia de Produção. Formado por pessoas sem tanta experiência em maratonas de inovação, o grupo focou em uma boa ideia e na integração de vivências e formações diversas para apresentar o projeto campeão do Hackathon Ekos.
 
“A experiência foi muito bacana, um debate muito rico, que proporcionou esse contato com a natureza e com pessoas super criativas. Nós acabamos construindo uma rede muito interessante. Cada um na sua área, cada um com um olhar diferente, foi bem legal”, resume Paulo.
 
Ideia campeã
O desafio era apontar soluções que conectem a Natureza e a Amazônia ao dia a dia das pessoas. Apesar de não se conhecerem até o evento, os integrantes do Projeto Quintal Mágico encontraram no interesse comum em cultivo e plantação o ponto de partida para a proposta vencedora. “Os quatro gostam de plantar e os quatro já passaram por diversas situações fazendo isso, nós pensamos muito como usuários e acredito que foi por isso que a gente encontrou uma boa solução”, explica Luiza.
 
A ideia vencedora foi oferecer um serviço de assinatura de sementes destinado a pessoas interessadas em plantar. “A seleção de sementes conta com curadoria das comunidades locais e, para agregar tecnologia ao projeto, o assinante recebe também um sensor de umidade que auxilia na identificação do momento correto para realizar o cultivo”, destaca Marcela.
 
“Nós buscamos enxergar a tecnologia não como um fim, mas como meio para promover o contato com a natureza, nos preocupamos em não substituir a natureza por algo artificial ou concentrar toda a experiência apenas na tecnologia”, complementa José Neto.
 
O resultado ganhou a melhor avaliação da banca, que levou em consideração não só a entrega do protótipo, mas outros aspectos relacionados ao projeto. “Acho que um grande diferencial do Hackathon da Natura é que ele não foca na tecnologia pela tecnologia. Além de criar o protótipo, tivemos que focar no modelo de negócios, no usuário, na viabilidade econômica. Foi um desafio muito maior”, ressalta José Neto.
 
Inspiração que veio da floresta
Dentro da programação do Hackathon, os participantes tiveram um dia de visita à Comunidade Moju. A imersão teve um impacto grande nos convidados. “A forma como a gente foi recebido, como as crianças demonstravam curiosidade, subiam nas árvores, escalavam. Sinto que tivemos um contato muito rico com a natureza, com a essência das coisas, eu fiquei bastante emocionado”, relembra Paulo.
 
Luiza conta, inclusive, que o insight para o projeto pode ter surgido ali.  “Nós estávamos comendo algumas frutas e eu perguntei para as crianças onde eu poderia jogar fora as sementes. Elas responderam que eu deveria guarda-las. Só agora percebo como isso se conecta com o nosso projeto”, diz.
 
Após dias intensos, o grupo vencedor já deixou o Pará, mas se reunirá novamente para uma visita à fábrica da Natura, em Cajamar, onde poderá apresentar seu projeto para executivos de inovação.
 
Depois disso, nossos ganhadores têm um novo desafio pela frente: pensar em que projetos podem realizar com as impressoras 3D entregues como prêmio para todos os integrantes da equipe vencedora. José Neto promete que a sua vai ficar em Belém e contribuir para a criação de mais conhecimento colaborativo. “Temos poucas impressoras 3D no Pará, eu pretendo deixar a minha circular, participar de eventos em universidades e dar apoio para outras pessoas que também querem desenvolver projetos”, diz.
 
O que você leva desse Hackathon?
“A ideia de que você pode realmente fazer algo, ir além, se desafiar, é algo que eu quero muito levar para a vida. E também essa relação mais próxima com a tecnologia, deixar de ser só usuária e passar a ser criadora. Já estou procurando um curso de programação porque quero carregar comigo toda essa inspiração”, Marcela.
 
“Acho que o principal aprendizado do Hackathon é você trabalhar para melhorar o mais rápido possível. É tudo tão intenso que não sobra tempo para lamentação. Você recebe o feedback e já precisa pensar em uma solução. É algo que vou levar para minha vida profissional e pessoal”, José.
 
“Às vezes a gente tem um desafio e acha que não tem condição de resolver. Pode ser que sozinho a gente não consiga mesmo, mas quando você se reúne com um grupo de pessoas que quer fazer a diferença, todo mundo junto consegue encontrar uma solução”, Paulo.
 
“Voltei com vontade de fazer tudo melhor, ir além. Coloquei os projetos que tenho em andamento na mesa e estou vendo como eles podem melhorar. Estou com vontade de me superar”, Luiza.