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A 2ª Conferência Pan-Americana de Métodos alternativos ao uso de animais aconteceu nos dias 23 e 24 de agosto e foi o maior evento do ano no Brasil dedicado ao tema.

Natura organiza conferência para discutir as tecnologias que vão pôr fim aos testes em animais.

Em conjunto com o Inmetro, a Universidade Johns Hopkins, nos EUA e a Universidade de Windsor no Canadá, a Natura organizou a 2ª Conferência Pan-Americana de Métodos alternativos ao uso de animais. A Conferência aconteceu no Rio de janeiro nos dias 23 e 24 de agosto e foi o maior evento do ano no Brasil dedicado ao tema.
 
“O evento superou nossas expectativas em número de participantes e o conteúdo dos debates trouxe discussões sobre tecnologias de bioimpressão, órgão-on-a-chip, peles reconstituídas e outras pesquisas de fronteira que farão do futuro um mundo sem testes em animais. Existe um grande interesse do público acadêmico, das empresas e das ONGs para debater e encontrar soluções que coloquem o Brasil em um cenário de destaque neste campo do conhecimento”, disse Vanessa Rocha, gerente científica da Natura e co-organizadora da Conferência.
 
Além da organização, a Natura teve as seguintes participações:
Vanessa Rocha, gerente científica de Segurança de Produtos, liderou a sessão de discussão dos avanços e desafios para as empresas cosméticas, onde apresentou a evolução dos testes alternativos da Natura desde 2006, data em que a empresa finalizou os testes em animais. Desde então, mais de 67 metodologias alternativas foram desenvolvidas, incluindo modelos para avaliar a alergia e a irritação de produtos e ingredientes. Sua sessão plenária apresentou as abordagens sem testes em animais utilizadas pela Natura para avaliar a segurança dos ingredientes da biodiversidade.
 
Juliana Lago, pesquisadora da área de tecnologias cosméticas apresentou a nova tecnologia de bioprinting, no qual tecidos de pele são fabricados à partir de uma bioimpressora 3D. A Natura é a primeira empresa brasileira a adquirir esta tecnologia, que permitirá a produção de tecidos mais padronizados em maior escala para testes. Juliana também apresentou a potencialidade do uso da pele 3D para estudos de proteção solar.
 
Daniela Zimbardi, gerente científica da área de tecnologias cosméticas apresentou a tecnologia de mapeamento genômico em larga escala para identificar a vocação dos ingredientes da biodiversidade brasileira. Esta tecnologia tem permitido à Natura identificar a funcionalidade principal de ingredientes como a ucuuba ou patauá, quanto às suas propriedades hidratantes, antissinais ou de aceleração do crescimento do cabelo, por exemplo. Daniela também apresentou o uso da tecnologia genômica associada ao modelo de pele 3D como um método alternativo na avaliação de risco pré-clínico de ingredientes cosméticos.
 
Cintia Paes, Cyro Zacarias e Marcelo Vieira, pesquisadores das áreas de segurança de produtos apresentaram estratégias integradas de avaliação de segurança abordando estudos in vitro, cálculos de limite exposição e ferramentas computacionais in silico e de Read Across,  tornando possível o uso de ingredientes exclusivos utilizando abordagens livres de testes em animais.