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Criar uma nova linha de produtos Natura é um grande desafio: envolve anos de pesquisa, a investigação de múltiplos ingredientes, de suas propriedades químicas e biológicas e da maneira como elas interagem com o corpo humano.

Ekos Patauá: os desafios da produção em escala para uma inovação potente

Criar uma nova linha de produtos Natura é um grande desafio: envolve anos de pesquisa, a investigação de múltiplos ingredientes, de suas propriedades químicas e biológicas e da maneira como elas interagem com o corpo humano. Esse extenso trabalho no laboratório é cruzado com insights vindos da área de marketing sobre as necessidades dos consumidores e tendências do mercado. No fim, temos o projeto de uma linha única, inovadora, capaz de atender aos clientes mais exigentes. Foi assim que nasceu Ekos Patauá, por exemplo.
 

Mas a concepção de um produto é apenas o início do processo. Em seguida, começa outra etapa, que tem como objetivo concretizar esse plano, estabelecendo o caminho para viabilizar a produção em larga escala. Novamente, Ekos Patauá nos ilustra essa história.

 

Depois que a empresa decidiu seguir em frente com a produção, um projeto de escalonamento foi lançado em 2014. Seu objetivo era a produção do óleo em larga escala.

 

O óleo de Patauá utilizado pela Natura tem características muito específicas. Ele não passa por refino, e é usado em sua forma bruta, preservando a diversidade de compostos bioativos deste óleo e garantindo assim atividade biológica. Então, para que suas propriedades sejam mantidas, é preciso que o fruto seja manejado da forma correta. “Garantir esse cuidado em um esquema de produção industrial representa um enorme desafio, que a Natura encarou de frente, por meio de trabalho de campo e, mais uma vez, de pesquisa e inovação”, diz Cintia Ferrari, gerente científica da Natura.

 

“Validamos todo o processo de extração do óleo de Patauá, buscando a melhor maneira de realizá-lo”, diz Caroline Stüker, pesquisadora da Natura. “O processo de extração de óleo de polpa era um desafio para nós devido à criticidade de se trabalhar com esta parte do fruto, tão perecível. Trabalhamos com o óleo bruto por conta do benefício que vem da preservação dos metabólicos secundários”, diz Stüker. “Qualquer alteração desse processo de extração nos impediria de obter o benefício estudado para o óleo de Patauá.”

 

“Trabalhávamos inicialmente com três cooperativas, mas elas não atingiriam o volume necessário para a demanda (da produção em escala)”, diz Stüker. “Foi preciso, então, estabelecer novas cadeias de fornecimento.”

 

Para se ter uma ideia da delicadeza exigida no processo de extração, e da criticidade do óleo, os pesquisadores da Natura descobriram, por exemplo, que ao ser colhido, o cacho do Patauá não pode ser jogado ao chão do alto, pois como o óleo é obtido da polpa, se ela for machucada, haverá alterações na qualidade e na composição química do óleo de Patauá. Portanto, foi estabelecido um novo processo de coleta dos frutos de Patauá, em que se utiliza uma cadeirinha presa aos troncos das árvores, desenvolvida especialmente para a maior segurança neste trabalho. Depois de coletados os cachos, os frutos são retirados e colocados em sacos para o transporte. Durante o transporte, os frutos são cobertos com lona escura para evitar a foto-oxidação e consequentemente a degradação dos compostos bioativos presentes no óleo.

 

Na sequência da coleta, os frutos devem ser entregues em até 48h na fábrica ou mantidos congelados a temperaturas determinadas, no escuro até o envio para a fabricação, sob risco de perda de suas propriedades. “Descobrimos todas essas coisas ao longo da pesquisa, pois percebemos que quando o fruto era esmagado, ou passava muito tempo exposto, o óleo era prejudicado. Ao mesmo tempo, ampliamos as áreas fornecedoras para obter um volume maior, e testamos lotes para avaliar se havia diferenças entre os frutos obtidos em diferentes comunidades”, segundo Ferrari.

 

Todos esses são exemplos de uma dimensão não muito conhecida, mas que é necessária para se obter um produto inovador, envolvendo pesquisadores de diferentes áreas e, nesse caso, grande esforço para viabilizar a produção em escala do óleo de Patauá.

Depois da colheita e do congelamento para transporte, os frutos passam pela etapa de descongelamento e despolpamento. Em seguida, a polpa é seca através de um processo desenvolvido pela Natura e segue para a prensagem para a obtenção do óleo bruto de Patauá. O óleo obtido é submetido a um screening químico, que envolve técnicas analíticas de última geração com o objetivo de garantir a presença das substâncias responsáveis pela atividade biológica relacionada ao benefício a ser oferecido pelo produto. Em média, 1 quilo de fruto de Patauá dá origem a 40 gramas de óleo bruto utilizado na linha Ekos Patauá.

 

Com este processo e seguindo as Boas Práticas de Produção Vegetal e Industrial, foi possível preservar e comprovar os reais benefícios funcionais para o cabelo através de alta tecnologia, unindo a natureza e a ciência, direcionando sua aplicação para o desenvolvimento de produtos mais adequados e eficazes.

 

A história de Ekos Patauá ilustra o caminho de pesquisa e inovação da Natura no desenvolvimento e fabricação de um novo produto. A inovação é fruto de muito esforço, e da dedicação em solucionar problemas por vezes complexos. Mas, no fim, o resultado vale a pena, pois é revertido em benefícios para os consumidores, consultoras e consultores, meio-ambiente e a geração de valor para sociedade de forma mais ampla.

 

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