ipt_natura730

Utilizar a nanotecnologia em cosmética e propor uma nova técnica para reaproveitamento de resíduos são alguns dos projetos que a Natura desenvolveu em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Conheça os resultados da parceria entre Natura e IPT

Utilizar a nanotecnologia em cosmética e aplicá-la em escala industrial. Esse foi um dos desafios assumidos na parceria entre Natura e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O projeto de nanoencapsulação une-se a outras iniciativas que também são promovidas em cooperação com o IPT, caso do projeto de biotecnologia que busca alternativas para o reaproveitamento de resíduos do processo produtivo da Natura.
 
O IPT é um instituto de pesquisa vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. A entidade tem como missão prover soluções e serviços tecnológicos que aumentem a competitividade das empresas e promovam a qualidade de vida. E foi com esta proposta que teve início a parceria com a Natura, quando em 2012 o instituto ingressou em um projeto da empresa.
 
“Nesse projeto nós conseguimos aplicar a nanotecnologia na cosmética e reproduzi-la em escala industrial, o que é algo ainda muito pouco explorado no Brasil”, explica Juliana Alencastre, da Diretoria de Pesquisa Avançada da Natura.
 
Pesquisador do Núcleo de Bionanomanufatura do IPT, Adriano Marim destaca a relevância dessa pesquisa para a evolução da nanotecnologia aplicada no país. “Essa parceria com a Natura nos dá a possibilidade de aplicar conhecimento científico em um ambiente industrial, com produção em larga escala, máquinas e equipamentos que nos permitem realizar testes com maior alcance”, ressalta.
 
Como parte do projeto, foram realizados ensaios in vitro e análises que evoluíram até a realização de testes em humanos. A tecnologia ainda não está pronta para ir ao mercado, mas segue sendo aprimorada. “É uma tecnologia muito disruptiva, que não tinha sido testada em cosméticos ainda e nós conseguimos ter uma evolução bem robusta. Três patentes com os resultados desse desenvolvimento foram depositadas”, ressalta Juliana.
 
Além dessa iniciativa específica, a Natura também integra um consórcio liderado pelo IPT que envolve quatro empresas cosméticas e conta com aporte de recursos da Empresa Brasileira de Inovação Industrial (EMBRAPII), para testar o uso da nanotecnologia na encapsulalção de diferentes ativos.  “Nos projetos em parceria com a Natura foi possível desenvolver a rota de nanoencapsulação, avaliar a segurança biológica e a eficácia in vitro das formulações e escalonar o processo produtivo, aproximando a nanotecnologia da indústria”, reforça Natalia Cerize, pesquisadora do IPT.
 
 
Desenvolvimento da cadeia de valor das oleaginosas da Amazônia
Os projetos envolvendo nanotecnonologia não são os únicos desenvolvidos em parceria com o IPT. Nos últimos anos, o instituto também tem atuado em outra iniciativa de inovação dentro da Natura, agora na área de Biotecnologia.
 
Nesse projeto, finalizado em 2015, o objetivo foi promover o reaproveitamento dos resíduos do processo de fabricação de matérias primas oleaginosas da biodiversidade brasileira, transformando-os em insumo para aplicação cosmética, o que possibilitaria o fechamento de toda a cadeia de valor, sem desperdício. A iniciativa resultou recentemente na premiação do IPT no Ciclo 2015 do iQLICAR, programa que reconhece os parceiros de inovação da Natura.
 
“Estamos falando de descobrir novas utilidades para resíduos da biodiversidade brasileira. Tem sido um grande desafio trabalhar nesse projeto que está comprometido com alguns dos pilares da Natura, sustentabilidade e sociobiodiversidade . Selecionamos alguns resíduos para trabalhar e estamos desenvolvendo uma tecnologia que permita transformá-los em algo de maior valor agregado, que possa ser reaplicado em vez de descartado”, resume Noemi Vieira, da Diretoria de Pesquisa Avançada da Natura. Atualmente o processo e aplicação desenvolvidos estão com depósito de patente em andamento.
 
Patricia Leo, pesquisadora do Laboratório de Biotecnologia Industrial que coordenou o projeto pelo IPT, reitera o caráter desafiador da proposta. “Do ponto de vista técnico, estamos lidando com a inovação que é produzir um tensoativo de rota biotecnológica a partir de resíduos de plantas da região amazônica, enquanto o caminho mais comum é pelo tensoativo químico. Na perspectiva institucional, para o IPT é estimulante atender uma empresa referência como a Natura, mundialmente conhecida pelo padrão de excelência e perfil inovador.”
 
Com tanta evolução nas parcerias, a tendência é que mais novidades surjam da relação entre o IPT e a Natura. “O IPT tem essa expertise em ciência aplicada, laboratórios e tecnologia de ponta que podem ser aplicados na pesquisa em cosméticos. Trabalhar em parceria com os pesquisadores só reforça o compromisso da Natura com o conhecimento compartilhado e o desenvolvimento sustentável”, reforça Juliana Alencastre.
 
Saiba mais