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A Natura e o PNUMA, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, estão juntos no projeto que visa validar a ACV Organizacional, uma nova metodologia de gestão ambiental.

ACV Organizacional: saiba mais sobre essa nova metodologia de gestão ambiental

Afinal, qual o impacto real dos processos e atividades de uma organização no meio ambiente? Como desenvolver métricas que possibilitem essa avaliação? A Natura e o PNUMA, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, estão juntos em um projeto que visa responder essas perguntas, por meio da validação de uma nova metodologia, a Análise de Ciclo de Vida (ACV) Organizacional.
 
Trata-se de uma nova ferramenta de gestão ambiental que busca quantificar e avaliar os impactos de uma organização no meio-ambiente de forma mais completa e integrada, considerando toda a cadeia de valor da empresa, com novas métricas e uma nova gestão de dados.
 
Oito empresas de todo o mundo, com diferentes áreas de atuação, estão participando do experimento para validar a metodologia e a Natura é a única organização da América Latina a integrar esse grupo. Cada participante delimitou os aspectos que gostaria de avaliar em sua cadeia de valor e, até julho deste ano, será compartilhado um relatório das descobertas com os integrantes do PNUMA e as demais organizações que integram o projeto.
 
Gerente Científica de Tecnologias Sustentáveis da Natura, Ines Francke explica que a ACV Organizacional é uma evolução de outra técnica, focada na avaliação do ciclo de vida de produtos e processos. “A ACV tradicional vai analisar apenas o ciclo de vida de um produto, desde a aquisição da matéria prima, passando pela fabricação até o seu descarte, gerando uma pontuação, uma unidade de medida única que permite comparar produtos com função similar e diferenciar impactos”, explica. São observados aspectos como emissões de gases de efeito estufa, toxicidade aquática, consumo de água, uso do solo, entre outros que podem integrar o ciclo de vida.
 
Já na ACV Organizacional a ideia é avaliar a empresa em toda a sua complexidade. Deixar de levar em consideração apenas o produto, mas englobar o fluxo de informações e todos os processos que ocorrem dentro de uma organização. “Nós queremos evoluir continuamente o nosso modelo de gestão socioambiental. Já quantificamos e acompanhamos a pegada de carbono, inventário de resíduos sólidos, pegada de água, entre outros indicadores. Mas com a validação da ACV Organizacional queremos saber se essa ferramenta pode, no futuro, dar suporte aos programas de sustentabilidade que a Natura tem e nos ajudar a fazer a gestão integrada de dados ambientais da empresa de uma maneira mais completa e estruturada”, resume Ines.
 
Esta não é a primeira vez que a Natura atua em parceria com o PNUMA. A empresa compõe o grupo de trabalho Life Cycle Initiative, iniciativa do PNUMA que tem por objetivo promover o olhar de ciclo de vida de forma global, facilitando a troca de conhecimentos sobre o assunto entre mais de dois mil especialistas em todo o mundo. Anteriormente, a Natura já contribuiu com a validação de outra metodologia proposta no grupo, a ACV Social, cujo objetivo era quantificar o impacto social das organizações, levando em consideração aspectos como saúde e segurança, condições de trabalho, governança e direitos humanos. Esta metodologia segue como uma das linhas de pesquisa do Life Cycle Initiative.
 
Para a validação da ACV Organizacional, a Natura disponibilizou todo o cenário da empresa no ano de 2013. Todas as informações ambientais que foram recolhidas e documentadas no período poderão ser adaptadas ao modelo de ACV Organizacional. Isto engloba informações sobre produtos, embalagens, operações, transportes e processos, entre outros.
 
Com a participação, a empresa espera contribuir com a evolução das ferramentas de gestão ambientais disponíveis hoje no mundo. “Nós queremos dar ao consumidor produtos de qualidade, que tragam beleza, prazer e sustentabilidade ao mesmo tempo. Por isso, para nós é importante contribuir na evolução das métricas existentes junto à academia, buscando modelos de gestão cada vez mais eficientes e que nos ajudem a minimizar ao máximo nossos impactos, com consciência não só sobre nossos processos internos, mas com um olhar expandido sobre toda a nossa atuação como empresa, respeitando a interdependência do negócio com a sociedade e a natureza", finaliza Ines.