FAPEAM bolsistas

Saiba como foi a experiência das bolsistas Marta Siza e Zeni Bessa no Núcleo de Inovação Natura Amazônia, no projeto de Formação de Gestores de Inovação da Natura em parceria com a FAPEAM!

Inovação Natura e FAPEAM

 
Em 2013, a Natura e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) lançaram um projeto piloto de Formação de Gestores de Inovação na Amazônia. No período de 12 meses, quatro bolsistas tiveram a oportunidade de desenvolver projetos, participar de treinamentos formais e interagir diretamente com o ambiente de trabalho e a equipe do Núcleo de Inovação Natura Amazônia (NINA).
 
As bolsistas, Marta Siza e Zeni Bessa, contaram para nós como foi essa experiência de aprendizado, multidisciplinaridade e colaboração. Confira a entrevista!
 
Natura Campus - O que te motivou a participar do desafio?
 
Marta Siza - Eu me inscrevi no edital com o objetivo de aprofundar meus conhecimentos sobre projetos de inovação. Eu já conhecia um pouco sobre gerenciamento de projetos clássicos e, em paralelo, comecei a me interessar por empreendedorismo, foi quando percebi a ligação entre essas áreas e que existia um campo mais dinâmico, com novos desafios que é o gerenciamento de projetos de inovação. Ao sair o edital da Fapeam vi no desafio uma oportunidade para entender mais sobre o tema.
 
Zeni Bessa – Sou formada em Biblioteconomia, o que me permite transitar por todas as áreas do conhecimento. Como já trabalhava com informação estratégica para ciência e tecnologia há alguns anos, achei muito interessante a oportunidade de atuar dentro de uma empresa e contribuir para o sistema regional de inovação.
 
N.C - Como foi a experiência de trabalhar no NINA?
 
M.S - Com certeza, a vivência dentro da empresa é um dos principais destaques. Além da capacitação formal com treinamentos e aulas teóricas, o fato de estarmos dentro do NINA, vivenciando questões próprias da empresa, agregou muito mais valor aos projetos que estávamos desenvolvendo. A combinação entre a teoria e a prática dentro da empresa é um dos pontos que fez toda a diferença no projeto.
 
Z. B - O NINA foi muito receptivo. Fomos integradas à equipe desde o início, nos ofereceram toda a infraestrutura necessária e isto, com certeza, foi um diferenciador. Além disso, a seleção de pessoas vindas de diferentes áreas, com diversas trajetórias, possibilitou trocas de conhecimento e a oportunidade de não nos limitarmos apenas aos nossos próprios projetos e desafios.
 
N.C - Como foi interagir com essa rede de multiagentes setoriais, formada por startups, Instituições de ensino, parques científicos, incubadoras e pesquisadores?
 
M.S - Conversamos e interagimos com diversas pessoas que fazem parte da tomada de decisão dentro do sistema regional de inovação. Esse tipo de relação trouxe para nós uma perspectiva muito mais ampla do que estávamos aprendendo sobre inovação.
 
Z.B - Tivemos a oportunidade de estar com pessoas altamente qualificadas, executivos com experiência pioneira na área de inovação em nível nacional e isso foi muito enriquecedor. É muito interessante poder fazer uma pergunta e ser respondido com soluções práticas, indo além do campo teórico.
 
N.C - Como essas parcerias multisetorias, como a da FAPEAM e a Natura, agregam valor ao desenvolvimento de inovação da região?
 
M.S - O sistema de inovação no Amazonas está se desenvolvendo e amadurecendo. Eu acredito que o interesse em formar pessoas capazes de dialogar com todas as áreas, de modo colaborativo, faz o sistema crescer, amadurecer e se desenvolver de forma mais rápida e coesa. Isso contribui tanto para o desenvolvimento do sistema de inovação do Amazonas em si, quanto a nível nacional e internacional.
 
Z.B - É uma parceria pioneira e muito estratégica, pois demonstra que a empresa está interessada em contribuir para o sistema regional de inovação. O respaldo da Natura e da FAPEAM nos proporcionou mobilidade e flexibilidade únicas para interagir. É muito oportuno unir essas forças para formar profissionais qualificados para atuar em inovação.
 
N.C: - O que mudou de um ano pra cá em você? Qual a sua evolução na gestão da inovação com esse processo?
 
M.S: - Tudo aquilo que aprendemos em livros e em sala de aula é muito diferente quando vemos a sua aplicabilidade. Ao ter a oportunidade de ver isso de perto, eu pude crescer muito. A área de projetos de inovação é muito dinâmica, as coisas acontecem de forma muito rápida. Essa experiência fez com que eu entendesse melhor toda essa dinâmica, o que, para mim, foi extremamente enriquecedor.
 
Z.B - A experiência foi muito importante para o meu amadurecimento e para que eu passasse a ter uma maior segurança. Eu não tinha dimensão da minha capacidade de desenvolver e liderar projetos.
 
N.C: Quais dicas vocês dariam para as pessoas que pretendem se capacitar em gestão da inovação?
 
M.S - A principal coisa é ter vontade de aprender. Colocar-se na posição de curioso, de querer descobrir mais sobre seus projetos e as coisas que acontecem no dia a dia da empresa. É importante ter curiosidade multidisciplinar e querer aprender o que o outro tem para ensinar, porque isso só traz riqueza para o que se está construindo.
 
Z.B - Que estejam abertas para atuar em um campo multidisciplinar. As pessoas precisam estar abertas para interagir com diferentes áreas do conhecimento, com pessoas de distintas especialidades, compartilhar informação e agregar valor, gerando assim novos conhecimentos para a inovação.