Bem-estar e Ciência das Relações

Claudia Pellegrino, Patricia Tobo, Helder Kamei

Entenda como a Natura compreende o bem-estar e o estar bem.

Ciências do Bem-Estar e Relações da Natura

O uso popular do termo bem-estar frequentemente refere-se à saúde. Isso provavelmente vem ocorrendo desde que a Organização Mundial de Saúde, em 1946, definiu a saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não mais meramente como a ausência de doenças” (https://apps.who.int/aboutwho/en/definition.html). Esta definição parte de uma visão multidimensional do ser humano e, apesar de mais adequada, tem sido alvo de controvérsias devido à dificuldade de mensurar e operacionalizar o bem-estar.
 
Podemos medir o bem-estar? Como medi-lo? Sim. Medir o bem-estar não é tarefa fácil, mas podemos mensurá-lo por meio de medidas objetivas e/ou subjetivas. O bem-estar físico, por exemplo, pode ser mensurado objetivamente por meio de marcadores biológicos e respostas fisiológicas, tais como: níveis hormonais, respostas do sistema nervoso autonômico, etc. Já o bem-estar mental ou psicológico pertence à dimensão subjetiva, por isso os pesquisadores recorreram a questionários, escalas e inventários científicos, inaugurando, na década de 70, um novo campo de estudo denominado bem-estar subjetivo.
 
No final da década de 90, surgiu um movimento científico chamado Psicologia Positiva, que vem aprimorando novas formas de, não apenas mensurar, mas também promover o bem-estar subjetivo.
 
A Natura, desde sua fundação, tem como razão de ser a promoção do Bem Estar Bem, que compreende, não apenas o bem-estar (relação harmoniosa consigo mesmo), mas também o estar bem (relação empática e prazerosa do indivíduo criando conexões plenas com o outro, com a natureza e com o todo). A área de pesquisa denominada Ciências do Bem-Estar e Relações utiliza, desde 2006, a Teoria Integral, desenvolvida pelo filósofo Ken Wilber, para compreender o bem-estar de modo mais amplo e profundo que denominamos de Bem-Estar Integral.
 
A Teoria Integral procura levar em conta tanto a dimensão individual quanto a coletiva, considerando também os aspectos objetivos e subjetivos, o que resulta em quatro perspectivas diferentes, mas complementares:
 
1. Comportamental: dimensão individual e objetiva.
2. Emocional: dimensão individual e subjetiva.
3. Cultural: dimensão coletiva e intersubjetiva.
4. Social-Sistêmica: dimensão coletiva e interobjetiva.
 
Na Natura, entendemos a Integralidade como a compreensão, o aprofundamento e a expansão das relações. Quando ampliamos nossa percepção de nós mesmos, do outro ao nosso lado, do mundo ao nosso redor, entendemos que tudo está interligado. Somos então capazes de estabelecer conexões nutritivas e transformadoras, criando um olhar amoroso e um agir sustentável. Acreditamos que, ao valorizar as relações, inspiraremos mudanças no olhar, no agir, e na expansão da nossa consciência e dessa forma criaremos um movimento transformador que convide a uma vida colaborativa e integrada.
 
A área de pesquisa da Natura responsável pelo tema entende que o bem-estar é um fenômeno multidimensional que só pode ser adequadamente compreendido a partir da integração de diversas áreas da Ciência, como a Biologia, Física, Psicologia, Sociologia, Antropologia, Medicina, Ecologia etc. Assim, consiste em uma abordagem holística e integrada do conhecimento, que envolve compreender o ser humano e a natureza da qual é parte nas suas dimensões físicas, emocionais e culturais.
 
O estudo aqui relatado foi desenvolvido pelos pesquisadores da Natura: Cláudia Pellegrino, Ph.D;, Patricia Tobo, Ph.D. e Helder Kamei, M.Sc.

 
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